Será?

“Não creias impossível o que apenas improvável parece.”

Shakespeare

Recebi uma mensagem de uma grande amiga com esta citação. Ultimamente as idéias vêm arrastando a melancolia da luta entre sonho e realidade. Neste contexto, a citação acima parece vir bem a calhar.
É intrigante como os nossos mais singelos e importantes sentimentos se equilibram na linha tênue entre a razão e a emoção. Pode-se entender isto quando percebemos nossa certeza pulando de galho em galho, seguindo um rumo cada vez mais incompreensível. De nada adianta mergulhar em abstrações filosóficas, pois tudo o que sabemos é que a dor existirá, qualquer que seja a decisão.
No entanto, tristeza maior é quando sabotamos o sonho. E parece ser sobre isto que se trata a fala do poeta.
O sonho é um querer ser. Um feto de felicidade, onde se concentram as esperanças sustentadoras da vida. Trazer a idéia de impossibilidade para perto de um sonho é abortar a esperança que carregamos na alma. Sem esta esperança apenas restará a certeza do vazio. E vazio é nada.
Existem aqueles que desistem da possibilidade do vir a ser, acomodando-se no triste regato que a inércia proporciona. Procuram unir o difícil ao impossível, e acabam fazendo da felicidade sinônimo de inalcançável.
Não tratem os seus sonhos como projetos impossíveis ou simples loucuras da mente. Sonhos são carregados da possibilidade de vir a ser, que precisam de dedicação e persistência. E se apesar de todo o esforço ele não se realizar, conforte-se em saber que você se deu a chance de tentar ser feliz.